ADRIANO IMPERADOR
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PRODUÇÃO Bananeira Filmes

GÊNERO Ficação

SINOPSE

Italianos adoram apelidar quem amam. Se Adriano tivesse apenas o mesmo nome do imperador romano e não jogasse nada de bola, ninguém faria associação alguma. Mas o fato é que o agora jovem de 22 anos era o grande destaque da Internazionale, forte e rico time da elegante cidade de Milão, no norte da Itália. Dono de enorme habilidade e um chute potentíssimo no pé esquerdo, Adriano era o típico centro-avante que amedontrava os zagueiros, normalmente mais fortes, mas que não conseguiam segurar o parrudo atacante de jeito nenhum. Vencia todas as divididas, ganhava na corrida, chutava com uma força descomunal, de qualquer ângulo e a bola entrava como um pombo sem asas no gol. O campeonato italiano era o mais competitivo do mundo. A imprensa e os fãs se curvavam a ele. Didico, como chamavam os mais íntimos, desde os tempos da Vila Cruzeiro (assim como Pipoca, Dinossauro), não era moleza não. Um famoso meio-campista dizia que era o tipo de centro-avante que obrigava que se passasse a bola para ele, a fim de que resolvesse. E resolvia, sempre de forma implacável. Adriano, o Imperador. Tinha respeito, fama, sucesso, dinheiro e claro, mulheres. Uma das suas facetas, a de namorador, já fazia fama pelos tablóides italianos. Adriano sempre foi muito festeiro, mas não descuidava da saúde e das responsabilidades de atleta.

Seu futebol crescia e encantava o mundo. Não demorou para ser convocado para a seleção brasileira e fazer gols decisivos, como contra a Argentina na Copa América de 2004. De volta à Milão, concentrado no quarto com seu amigo e capitão do time, o argentino Javier Zanetti, Adriano recebeu um telefonema. Ao desligar, começou a gritar desesperadamente, para espanto do argentino. Seu pai tinha acabado de falecer. Adriano nunca mais seria o mesmo. Entrou num longo processo depressivo que se estendeu por longos anos. É amado por sua torcida, pelos companheiros e pelo presidente do clube, Massimo Moratti, que fez de tudo para ajudá-lo. Mas não estava feliz. A situação se agravou. Passou a sequer ser relacionado pelo técnico e em consenso com a diretoria, tomou a decisão de dar um tempo no Brasil. Foi se refugiar na comunidade de sua infância, a Vila Cruzeiro.